Amigos Sobreviventes, espero que gostem deste post, ficou um pouco comprido para ler mas é extremamente pertinente um preparador saber e dominar estes tipos de situações pra poderem se ajudar e poderem ajudar uma pessoa ou grupo que não está preparado. Caso queiram não ha necessidade de ler tudo de uma vez, podem ir por tópicos.
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Vendavais
O que são?
São perturbações marcantes no estado normal da atmosfera.
Deslocamento violento de uma massa de ar, de uma área de alta pressão para
outra de baixa pressão.
Os vendavais, também chamados de ventos muito duros,
correspondem ao número 10 na escala de Beaufort, compreendendo ventos cujas
velocidades variam entre 88,0 a 102,0 km/h.
Os ventos com velocidades maiores recebem denominações
específicas:
103,0 a 119,0 km/h ciclone extratropical
Acima de 120,0 km/h ciclone tropical ou furacão ou tufão
Os vendavais são provocados pelo deslocamento violento de
uma massa de ar. Normalmente são acompanhados de precipitações hídricas
intensas e concentradas, que caracterizam as tempestades. O superaquecimento
local, ao provocar a formação de grandes cumulunimbus isolados, gera correntes
de deslocamentos horizontal e vertical de grande violência e de elevado poder
destruidor.
As tempestades relacionadas com a formação de cumulunimbus
são normalmente acompanhadas de grande quantidade de raios e trovões.
Danos
Os vendavais ou tempestades:
Derrubam árvores e causam danos às plantações;
Derrubam a fiação e provocam interrupções no fornecimento de
energia elétrica e nas comunicações telefônicas;
Provocam enxurradas e alagamentos;
Produzem danos em habitações mal construídas e/ou mal
situadas;
Provocam destelhamento em edificações;
Causam traumatismos provocados pelo impacto de objetos
transportados pelo vento, por afogamento e por deslizamentos ou
desmoronamentos.
Os vendavais ocorrem em qualquer parte da Terra, em qualquer
país. No Brasil, os vendavais são mais frequentes nos Estados da Região Sul:
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Perguntas frequentes
1 - O que a prefeitura de sua cidade pode fazer?
Elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal, onde
serão identificadas as áreas de risco e estabelecidas as regras de assentamento
da população. Pela Constituição Federal (art.182), esse Plano é obrigatório
para municípios com mais de 20 mil habitantes;
Fiscalizar os projetos e as construções;
Aplicar multas, quando o morador não atender às
recomendações da Prefeitura;
Elaborar orientações para a construção. Todo morador deve
saber o que fazer e como fazer para não ser atingido;
Indicar quais as técnicas seguras para a construção, com
base no conhecimento da velocidade e época dos vendavais já ocorridos,
especialmente os de grande cobertura e de estrutura metálica, tais como :
postos de gasolina, galpões, silos, armazéns, escolas, depósitos, e outros;
Como a maioria das residências de família de baixa renda não
oferece segurança, a Defesa Civil poderá orientar como reforçar os telhados;
Cortar árvores ou deslocar postes de luz que possam cair
sobre sua casa;
Avisar, alertar sobre as condições climáticas, a
possibilidade de vendaval e orientar sobre os cuidados a serem tomados pela
população.
2 - O que eu posso fazer antes da ocorrência do vendaval?
Revise a resistência de sua casa, principalmente o
madeiramento de apoio do telhado;
Desligue os aparelhos elétricos e o gás;
Abaixe para o piso todos os objetos que possam cair.
3 - E Depois da ocorrência do vendaval o que posso fazer?
Ajude na limpeza e recuperação da área onde se encontra,
começando pela desobstrução das ruas e outras vias;
Ajude seus vizinhos que foram atingidos;
Evite o contato com cabos ou redes elétricas caídas. Avise a
Defesa Civil ou Bombeiros sobre estes perigos;
Procure não utilizar serviços hospitalares, de comunicações,
a não ser que necessite realmente. Deixe estes serviços para os casos de
emergência.
Deslizamento
Conheça o desastre
Fenômeno provocado pelo escorregamento de materiais sólidos,
como solos, rochas, vegetação e/ou material de construção ao longo de terrenos
inclinados, denominados de “encostas”, “pendentes” ou “escarpas”.
Os deslizamentos em encostas e morros urbanos vêm ocorrendo
com uma freqüência alarmante nestes últimos anos, devido ao crescimento
desordenado das cidades, com a ocupação de novas áreas de risco, principalmente
pela população mais carente.
Há que considerar três fatores de influência na ocorrência
dos deslizamentos:
Tipo de solo - sua constituição, granulometria e nível de
coesão;
Declividade da encosta - cujo grau define o ângulo de
repouso, em função do peso das camadas, da granulometria e nível de coesão;
Água de embebição - que contribui para aumentar o peso
específico das camadas; reduzir o nível de coesão e o atrito, responsáveis pela
consistência do solo, e lubrificar as superfícies de deslizamento.
A época de ocorrência dos deslizamentos coincide com o
período das chuvas, intensas e prolongadas, visto que as águas escoadas e
infiltradas vão desestabilizar as encostas.
Nos morros, os terrenos são sempre inclinados e, quando a
água entra na terra, pode acontecer um deslizamento e destruir as casas que
estão embaixo.
Os escorregamentos em áreas de encostas ocupadas costumam
ocorrer em taludes de corte, aterros e taludes naturais agravados pela ocupação
e ação humana.
A distribuição geográfica de escorregamentos no Brasil vem
afetando mais os Estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Sergipe,
Alagoas e Pernambuco.
Danos
Os deslizamentos são responsáveis por inúmeras vítimas
fatais e grandes prejuízos materiais.
Perguntas frequentes
1 - O que dizer a promessas para recebimento de lotes em
morros?
Não se deixe enganar por promessas fáceis e ilusórias para
obter um lote ou uma casa em morros ou áreas de risco. Os riscos de desastres
são muito altos.
Não desmate morro e encostas para assentamento de casas e
outras construções.
2 - O que devo fazer ao verificar os riscos de deslizamento
de um morro ou encosta?
Avise aos seus vizinhos sobre o perigo, no caso de casas
construídas em áreas de risco de deslizamento. Avise, também, imediatamente ao
Corpo de Bombeiros e à Defesa Civil.
Convença as pessoas que moram nas áreas de risco a saírem de
casa durante as chuvas;
Você pode fazer junto com a sua comunidade um plano de
evacuação.
3 - O que é um plano de evacuação?
Se você está morando numa área de risco, tenha com sua
vizinhança um plano de evacuação com um sistema de alarme. É um plano que
permite salvar a sua vida e de seus vizinhos. Caso a localidade onde você mora
ainda não tem esse plano, converse com o Prefeito e o Coordenador de Defesa
Civil.
4 - Quais são os sinais que indicam que pode ocorrer um
deslizamento?
Se você observar o aparecimento de fendas, depressões no
terreno, rachaduras nas paredes das casas, inclinação de tronco de árvores, de
postes e o surgimento de minas d’água, avise imediatamente a Defesa Civil;
5 - O que posso fazer para evitar um deslizamento?
Não destrua a vegetação das encostas;
Você pode consertar vazamentos o mais rápido possível e não
deixar a água escorrendo pelo chão. O ideal é construir canaletas.
Junte o lixo em depósitos para o dia da coleta e não
deixá-lo entulhado no morro.
Não amontoe sujeira e lixo em lugares inclinados porque eles
entopem a saída de água e desestabilizam os terrenos provocando deslizamentos.
Não jogue lixo em vias públicas ou barreiras, pois ele
aumenta o peso e o perigo de deslizamento. Jogue o lixo e entulho em latas ou
cestos apropriados.
Não dificulte o caminho das águas de chuva com lixo por
exemplo.
As barreiras em morros devem ser protegidas por drenagem de
calhas e canaletas para escoamento da água da chuva;
Não faça cortes nos terrenos de encostas sem licença da
Prefeitura, para evitar o agravamento da declividade.
Solicite a Defesa Civil, em caso de morros e encostas, a
colocação de lonas plásticas nas barreiras.
As barreiras devem ser protegidas com vegetação que tenham
raízes compridas, gramas e capins que sustentam mais a terra.
Em morros e encostas, não plante bananeiras e outras plantas
de raízes curtas, porque as raízes dessas árvores não fixam o solo e aumentam
os riscos de deslizamentos;
Pode-se plantar para que a terra não seja carregada pela
água da chuva. Perto das casas: pequenas fruteiras, plantas medicinais e de
jardim, tais como: goiaba, pitanga, carambola, laranja, limão, pinha, acerola,
urucum, jasmim, rosa, pata-de-vaca, hortelã, cidreira, boldo e capim santo. Nas
encostas pode-se plantar: capim braquiária, capim gordura, capim-de-burro,
capim sândalo, capim gengibre, grama germuda, capim chorão, grama
pé-de-galinha, grama forquilha e grama batatais. A vegetação irá proteger as
encostas.
Em morros e encostas não plante mamão, fruta-pão, jambo,
coco, banana, jaca e árvores grandes, pois acumulam água no solo e provocam
quedas de barreiras.
6 - O que fazer quando ocorrer um deslizamento?
Se você observar um princípio de deslizamento, avise
imediatamente a Defesa Civil do seu Município e o Corpo de Bombeiros, bem como
o máximo de pessoas que residem na área do deslizamento;
Afaste-se e colabore para que curiosos mantenham-se
afastados do local do deslizamento, poderá haver novos deslizamentos;
7 - Posso ajudar os bombeiros?
Somente se solicitado, caso contrário, vários equipamentos e
pessoas especializadas em salvamento precisarão do local desimpedido;
Não se arrisque sem necessidade, não entre no local do
deslizamento, somente pessoas especializadas em salvamento podem entrar;
Não permita que crianças e parentes entrem no local do
deslizamento;
Não conteste as orientações do Corpo de Bombeiros.
Inundação
Conheça o desastre
Há vários tipos de inundações:
Inundações repentinas, bruscas ou enxurradas, que ocorrem em
regiões de relevo acentuado, montanhoso, como na região Sul do País. Acontecem
pela presença de grande quantidade de água num curto espaço de tempo.
São frequentes em rios de zonas montanhosas com bastante
inclinação, vales profundos e muitas vezes as águas de chuva arrastam terra sem
vegetação devido aos deslizamentos nas margens dos rios. A grande quantidade de
água e materiais arrastados representam, à medida que escoam, grande poder
destruidor.
Chuvas fortes ou moderadas, mas duradouras (intensas),
também podem originar inundações repentinas, quando o solo esgota sua
capacidade de infiltração.
Inundações lentas ou de planície - Nas enchentes, as águas
elevam-se de forma paulatina e previsível; mantêm-se em situação de cheia
durante algum tempo e, a seguir, escoam-se gradualmente.
Normalmente, as inundações são cíclicas e nitidamente
sazonais - exemplo típico de
periodicidade ocorre nas inundações anuais da bacia do rio Amazonas. Ao logo de
quase uma centena de anos de observação e registro, caracterizou-se que, na
cidade de Manaus, na imensa maioria dos anos, o pico das cheias ocorre em
meados de junho.
Inundações em cidades ou alagamentos:
São águas acumuladas no leito das ruas e nos perímetros
urbanos, por fortes precipitações pluviométricas, em cidades com sistemas de
drenagem deficientes.
Nos alagamentos, o extravasamento das águas depende muito
mais de uma drenagem deficiente, que dificulta a vazão das águas acumuladas, do
que das precipitações locais.
O fenômeno relaciona-se com a redução da infiltração natural
nos solos urbanos, a qual é provocada por:
Compactação e impermeabilização do solo;
Pavimentação de ruas e construção de calçadas, reduzindo a
superfície de infiltração;
Construção adensada de edificações, que contribuem para
reduzir o solo exposto e Concentrar o escoamento das águas;
Desmatamento de encostas e assoreamento dos rios que se
desenvolvem no espaço urbano;
Acumulação de detritos em galerias pluviais, canais de
drenagem e cursos d´água; Insuficiência da rede de galerias pluviais.
Danos
No Brasil, muitas pessoas morrem anualmente pelas
inundações. Outras perdem todo o patrimônio familiar alcançado com muitos anos
de trabalho e esforço.
É comum a combinação dos dois fenômenos - enxurrada e
alagamento - em áreas urbanas acidentadas, como ocorre no Rio de Janeiro, Belo
Horizonte e em cidades serranas.
Em cidades litorâneas, que se desenvolvem em cotas baixas,
como Recife e cidades da Baixada Fluminense, a coincidência de marés altas
contribui para agravar o problema.
Os alagamentos das cidades normalmente provocam danos materiais
e humanos mais intensos que os das enxurradas.
Perguntas frequentes
1- O que a prefeitura pode fazer?
Elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal, onde
serão identificadas as áreas de risco e estabelecidas as regras de assentamento
da população. Pela Constituição Federal (art.138), esse Plano é obrigatório
para municípios com mais de 20 mil habitantes.
Fiscalizar as áreas de risco, evitando o assentamento
perigoso em ÁREAS INUNDÁVEIS.
Aplicar multas, quando o morador não atender as recomendações
da Prefeitura.
Elaborar um plano de evacuação com um sistema de alarme.
Todo morador deve saber o que fazer e como fazer para não ser atingido.
Implantar o esgotamento de águas servidas e a coleta do lixo
domiciliar.
Indicar quais áreas estão seguras para a construção, com
base no zoneamento;
Como a maioria das cidades brasileiras está próxima aos
vales e margem dos rios é importante o planejamento, a legislação e a
fiscalização.
2- O que devo fazer ao verificar os riscos de alagamento da
cidade?
Não deixe crianças trancadas em casa sozinhas;
Mantenha sempre pronta água potável, roupa e remédios, caso
tenha que sair rápido da sua casa;
Conheça o Centro de Saúde mais próximo da sua casa, pode ser
necessário;
Avise aos seus vizinhos sobre o perigo, no caso de casas
construídas em áreas de risco de deslizamento. Avise, também, imediatamente ao
Corpo de Bombeiros e à Defesa Civil;
Convença as pessoas que moram nas áreas de risco a saírem de
casa durante as chuvas;
Avise imediatamente ao Corpo de Bombeiros ou Defesa Civil
sobre áreas afetadas pela inundação;
3- Posso levar os objetos pessoais mais importantes?
Antes de tudo, salve e proteja sua vida, a de seus
familiares e amigos. Se precisar retirar algo de sua casa, após a inundação,
peça ajuda à Defesa Civil ou ao Corpo de Bombeiros;
Coloque documentos e objetos de valor em um saco plástico
bem fechado e em local protegido;
4- Se a inundação for inevitável como devemos nos preparar
para enfrentá-la?
Tenha um lugar previsto, seguro, onde você e sua família
possam se alojar no caso de uma inundação;
Desconecte os aparelhos elétricos da corrente elétrica para
evitar curtos circuitos nas tomadas;
Não construa próximo a córregos que possam inundar;
Não construa em cima de barrancos que possam deslizar,
carregando sua casa;
Não construia embaixo de barrancos que possam deslizar,
soterrando sua casa;
Feche o registro de entrada d`água;
Retire todo o lixo e leve para áreas não sujeitas a
inundações;
Feche bem as portas e janelas.
5- Há perigos de choque elétrico em equipamentos que foram
molhados na inundação?
Sim. Não use equipamentos elétricos que tenham sido molhados
ou em locais inundados, pois há risco de choque elétrico e curto-circuito.
6- Como podemos colaborar para evitar inundações?
Jogue o lixo no lixo. Não jogue lixo em terrenos baldios ou
na rua. Não jogue papel e lixo na rua;
Não jogue sedimentos, troncos, móveis, materiais e lixo que
impedem o curso do rio, provocando transbordamentos;
Não jogue lixo nos bueiros (boca de lobo), para não obstruir
o escoamento da água;
Limpe o telhado e canaletas de águas para evitar
entupimentos;
7- É uma boa diversão para as crianças brincar nas águas de
inundação. Existe perigo nisso?
Sim. Não deixe crianças brincando na enxurrada ou nas águas
dos córregos, pois elas podem ser levadas pela correnteza ou contaminar-se,
contraindo graves doenças, como hepatite e leptospirose;
8- O que devemos fazer após a inundação?
Enterre animais mortos e limpe os escombros e lama deixados
pela inundação;
Lave e desinfete os objetos que tiveram contato com as águas
da enchente;
Retire todo o lixo da casa e do quintal e o coloque para a
limpeza pública;
Veja se sua casa não corre o risco de desabar;
Raspe toda a lama e o lixo do chão, das paredes, dos móveis
e utensílios;
Cuidado com aranhas, cobras e ratos, ao movimentar objetos,
móveis e utensílios. Tenha cuidado com cobras e outros animais venenosos, pois
eles procuram refúgio em lugares secos.
9- Que cuidados devemos ter com a água?
Nunca beba água de enchente ou inundação;
Não beba água ou coma alimentos que estavam em contato com
as águas da inundação.
- Água para
Consumo Humano: pode ser fervida ou tratada com água sanitária, na proporção de
2 gotas de água sanitária para 1 litro de água ou tratada com hipoclorito de
sódio, na proporção de 1 gota de hipoclorito para 1 litro de água. Nos dois
casos, deixar em repouso por 30 minutos para desinfetar.
- Água para
limpeza e desinfecção das casas, prédios ou rua deve ter a seguinte dosagem: 1
litro de hipoclorito de sódio para 20 litros de água ou 1 litro de água
sanitária para 5 litros de água.
Ferva a água ou use 1 gota de hipoclorito para 1 litro de
água;
Lave os alimentos com água e hipoclorito.
Raios e tempestades
O que são?
Tempestades são caracterizadas por raios e trovões. São
produzidas por uma ou mais nuvens cumulunimbus também conhecidas como nuvens de
tempestade. Uma típica nuvem de tempestades tem um diâmetro de 10 a 20 km.
Cerca de 2000 tempestades estão sempre ocorrendo, o que
significa que 16 milhões ocorrem anualmente em nosso planeta.
A frequência de tempestades em um dado local depende de
vários fatores, entre eles a topografia, a latitude, a proximidade de massas de
água e a continentalidade.
Os raios podem ser perigosos. Quando estão caindo por perto,
você está sujeito a ser atingido diretamente por eles. A chance de uma pessoa
ser atingida por um raio é algo em torno de 1 para 1milhão. A maioria das
mortes e ferimentos não acontecem devido a incidência direta de um raio. Na
verdade, são efeitos indiretos associados à proximidade do raio ou por efeitos
secundários.
Danos
A corrente do raio pode causar sérias queimaduras e outros
danos ao coração, pulmões, sistema nervoso central e outras partes do corpo,
através do aquecimento e uma variedade de reações eletroquímicas.
A extensão do dano depende da intensidade da corrente, das
partes do corpo afetadas, das condições físicas da vítima e das condições
específicas do incidente.
Cerca de 20 a 30% das vítimas de raios morrem, a maioria
delas por parada cardíaca e respiratória, e cerca de 70% dos sobreviventes
sofrem devido às sérias seqüelas psicológicas e orgânicas, por um longo tempo.
As seqüelas mais comuns são diminuição ou perda de memória, diminuição da
capacidade de concentração e distúrbio do sono.
No Brasil, estima-se que aproximadamente 100 pessoas morrem
por ano atingidas pelos raios.
Perguntas frequentes
1- Se eu estiver na rua o que devo fazer para não ser
atingindo por um raio?
Evite lugares que ofereçam pouca ou nenhuma proteção contra
raios tais como: pequenas construções não protegidas como celeiros, tendas ou
barracos ou veículos sem capota como tratores, motocicletas ou bicicletas;
Evite estacionar próximo a árvores ou linhas de energia
elétrica;
Evite estruturas altas tais como torres, de linhas
telefônicas e de energia elétrica;
Alguns lugares são extremamente perigosos durante uma
tempestade. Por isso:
NÃO permaneça em áreas abertas como campos de futebol,
quadras de tênis e estacionamentos;
NÃO fique no alto de morros ou no topo de prédios
NÃO se aproxime de cercas de arame, varais metálicos, linhas
aéreas e trilhos;
NUNCA se abrigue debaixo de árvores isoladas.
2- E seu eu estiver dentro de casa? Existe algum risco?
Não use telefone (o sem fio pode ser usado);
Não fique próximo a tomadas, canos, janelas e portas
metálicas;
Não toque em equipamentos elétricos que estejam ligados à
rede elétrica.
Geada
O que é?
A geada é formada pelo congelamento direto do vapor d’água existente
na atmosfera, sem passagem pela forma líquida, e ocorre quando a temperatura
ambiental cai a níveis abaixo de 0ºC (ponto de congelamento da água). Nessas
condições, o orvalho se transforma em geada.
O calor acumulado durante o dia pela crosta terrestre
irradia-se durante a noite, provocando uma inversão de temperatura, de tal
forma que, nas madrugadas de noites excepcionalmente frias, ocorre uma grande
queda de temperatura nas camadas mais próximas do solo, formando o orvalho.
Portanto, é completamente errada a expressão “cair geada”, já que o próprio
orvalho não “cai”.
A geada ocorre com mais freqüência em regiões elevadas e
frias. Normalmente, o fenômeno está relacionado com a passagem de frentes frias
e costuma ocorrer nas madrugadas de noites frias, estreladas e calmas, com
maior intensidade nos fundos de vales e regiões montanhosas e, menos
intensamente, nas encostas ensolaradas.
No Brasil, a geada ocorre, principalmente, nos planaltos
sulinos e nas áreas montanhosas da região Sudeste.
Danos
Os maiores prejuízos ocorrem com as plantações de café, de
frutas cítricas e demais frutas de clima temperado e produtos hortigranjeiros.
Pergunta frequente
1- O que eu posso fazer para diminuir os danos e prejuízos
com a geada?
Fazer seguro agrícola como principal forma de reduzir os
possíveis prejuízos dos agricultores;
Seleção de culturas resistentes às geadas;
Restringir o plantio de espécies sensíveis ao frio e
cultivá-las em ambiente protegidos;
Construção de açudes para represar água acima dos cafezais é
excelente prática de defesa preventiva contra geadas;
Não plantar em baixadas e em encostas baixas.
Granizo
O que é?
Precipitação sólida de grânulos de gelo, transparentes ou
translúcidos, de forma esférica ou irregular, raramente cônica, de diâmetro
igualou superior a 5mm.
O granizo é formado nas nuvens do tipo “cumulonimbus”, as
quais se desenvolvem verticalmente, podendo atingir alturas de até 1.600m. Em
seu interior ocorrem intensas correntes ascendentes e descendentes. As gotas de
chuva provenientes do vapor condensado no interior dessas nuvens, ao ascenderem
sob o efeito das correntes verticais, congelam-se ao atingirem as regiões mais
elevadas.
O granizo, também conhecido por “saraivada”, é a
precipitação de pedras de gelo, normalmente de forma esferóide, com diâmetro
igual ou superior a 5mm, transparentes ou translúcidas, que se formam no
interior de nuvens do tipo cumulonimbus. Podem subdividir-se em dois tipos
principais:
- gotas de chuvas
congeladas ou flocos de neve quase inteiramente fundidos e recongelados;
- grânulos de neve
envolvidos por uma camada delgada de gelo.
Danos
O granizo causa grandes prejuízos à agricultura. No Brasil,
as culturas de frutas de clima temperado, como maçã, pêra, pêssego, kiwi, e a
fumicultura são as mais vulneráveis ao granizo.
Dentre os danos materiais provocados pela saraivada, os mais
importantes correspondem à destruição de telhados, especialmente quando
construídos com telhas de amianto ou de barro e aos fruticultores.
Poderão ainda ocorrer: congestionamentos no trânsito devido
ao acúmulo de gelo nas ruas, queda de árvores, destelhamentos, perda de
lavoura, alagamentos, danos às redes elétricas, amassamento de latarias de
veículos e quebra de vidros de veículos.
Perguntas frequentes
1- O que fazer quando ocorrer uma chuva de granizo?
Abrigar-se da chuva torrencial que poderá acompanhar ao granizo
e causar inundações;
Não abrigar-se debaixo de árvores, pois há riscos de quedas;
Não abrigar-se em frágeis coberturas metálicas;
Não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e
placas de propaganda, pois estas estarão sob influência de ventos fortes.
Evite engarrafamentos em ruas e avenidas que foram afetadas
pela chuva de granizo;
2- Existe risco de desabamentos de telhados?
Tenha cuidado com construções mal acabadas ou construídas,
procure abrigar-se em locais seguros resistentes a fortes ventos, onde não há
riscos de destelhamentos;
3- O que devo fazer ao verificar os riscos de desabamentos
de construções e telhados?
Avise aos seus vizinhos sobre o perigo, no caso de casas
construídas em áreas de riscos. Avise, também, imediatamente ao Corpo de
Bombeiros e à Defesa Civil.
Convença as pessoas que moram nas áreas de risco a saírem de
casa durante as chuvas;
Você pode fazer junto com a sua comunidade um plano de
evacuação.
4- O que é um plano de evacuação?
Se você está morando numa área de risco, tenha com sua
vizinhança um plano de evacuação com um sistema de alarme. É um plano que
permite salvar a sua vida e de seus vizinhos. Caso a localidade onde você mora
ainda não tem esse plano, converse com o Prefeito e o Coordenador de Defesa
Civil.
5- Sou fruticultor, existe alguma forma de minimizar os
prejuízos?
As cooperativas de fruticultores podem realizar parcerias
com as instituições de meteorologia e adquirir foguetes para bombardearem as
nuvens de granizo com substâncias higroscópicas (iodeto de prata), objetivando
provocar a precipitação da chuva e evitar a formação de granizo.
Incêndio florestal
O que é?
É a propagação do fogo, em áreas florestais e de savana
(cerrados e caatingas), normalmente ocorre com freqüência e intensidade nos
períodos de estiagem e está intrinsecamente relacionada com a redução da
umidade ambiental.
Os incêndios podem iniciar-se de forma espontânea ou ser
conseqüência de ações e/ou omissões humanas, mas mesmo nesse último caso, os
fatores climatológicos e ambientais são decisivos para incrementá-los,
facilitando sua propagação e dificultando seu controle.
Os incêndios florestais podem ser causados por:
Causas naturais, como raios, reações fermentativas
exotérmicas, concentração de raios solares por pedaços de quartzo ou cacos de
vidros em forma de lente e outras causas;
Imprudência e descuido de caçadores, mateiros ou pescadores,
através da propagação de pequenas fogueiras, feitas em acampamentos;
Fagulhas provenientes de locomotivas ou de outras maquinas
automotoras, consumidoras de carvão ou lenha;
Perda de controle de queimadas, realizadas para “limpeza” de
compôs;
Incendiários e/ou piromaníacos.
Danos
Os incêndios florestais causam danos materiais, ambientais e
humanos.
Os danos materiais são:
Destruição das árvores em fase de crescimento ou em fase de
utilização comercial, Reduzindo a produção de madeira, celulose, essências
florestais e outros insumos;
Redução da fertilidade do solo, como conseqüência da
destruição da matéria orgânica reciclável obrigando a um maior consumo de
fertilizantes;
Redução da resistência das árvores ao ataque de pragas,
obrigando a um maior consumo de praguicidas.
Os danos ambientais são:
Redução da biodiversidade;
Alterações drásticas dos biótopos, reduzindo as
possibilidades de desenvolvimento equilibrado da fauna silvestre;
Facilitação dos processos erosivos;
Redução da proteção dos olhos d’água e nascentes.
Os danos humanos são:
Perdas humanas e traumatismos provocados pelo fogo ou por
contusões;
Desabrigados e desalojados;
Redução das oportunidades de trabalho relacionada com o
manejo florestal.
Perguntas frequentes
1 - Posso fazer uma queimada em meu pasto?
Sempre consulte a secretaria estadual ou municipal do meio
ambiente antes de fazer queimada, pois você poderá está cometendo crime
ambiental.
2 - O que eu posso fazer para evitar um incêndio florestal?
Construção de aceiros, que devem ser mantidos limpos e sem
materiais combustíveis;
Construção de faixas limpas e sem materiais combustíveis;
Plantação de cortinas de segurança com vegetação menos
inflamável;
Construção de barragens de água que atuem como obstáculos à
propagação do fogo e como reserva de água para o combate ao incêndio;
Construção de estradas vicinais, no interior de florestas,
facilita a fiscalização e favorece o carreamento dos meios de controlar os incêndios;
Utilização de medidas de vigilância: fixa, por meio de
torres de observação; ou móvel, por meio de patrulhamento terrestre ou aéreo. O
CPTEC (www.cptec.inpe.br) identifica focos de incêndios por satélite;
Aviso imediato, em caso de incêndio florestal, ao Corpo de
Bombeiros, Defesa Civil ou Polícia;
Seguir as instruções dos bombeiros ou Defesa Civil.
3 - O que não fazer?
Nunca tente combater um incêndio sozinho.
Tornados
O que são?
São redemoinhos de vento formados na baixa atmosfera,
apresentando-se com características de nuvens escuras, de formatos afunilados,
semelhantes a uma tuba, que descem até tocar a superfície da terra, com grande
velocidade de rotação e forte sucção, destruindo em sua trajetória grande
quantidade de edificações, árvores e outros equipamentos do território.
O tornado supera a violência do furacão, mas sua duração é
menor e a área afetada é de menor extensão.
Danos
A destruição provocada pelos tornados é altamente
concentrada e extremamente violenta. O efeito chaminé provoca o arrastamento
das árvores, a destruição das habitações e a elevação no ar dos destroços
resultantes.
Derrubam árvores e causam danos às plantações;
Derrubam a fiação e provocam interrupções no fornecimento de
energia elétrica e nas comunicações telefônicas;
Provocam enxurradas e alagamentos;
Produzem danos em habitações mal construídas e/ou mal
situadas;
Provocam destelhamento em edificações;
Causam traumatismos provocados pelo impacto de objetos
transportados pelo vento, por afogamento e por deslizamentos ou
desmoronamentos.
No Brasil, os tornados são poucos freqüentes e ocorrem
principalmente, nas regiões sul e sudeste, especialmente em São Paulo e Paraná.
Perguntas frequentes
1 - O que a prefeitura de sua cidade pode fazer?
Elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal, onde
serão identificadas as áreas de risco e estabelecidas as regras de assentamento
da população. Pela Constituição Federal (art.182), esse Plano é obrigatório
para municípios com mais de 20 mil habitantes;
Fiscalizar os projetos e as construções;
Elaborar orientações para a construção. Todo morador deve
saber o que fazer e como fazer para não ser atingido por um tornado;
Toda a família deve ser ensinada quais os melhores locais
para abrigamento ou rotas de fuga no caso de iminência de formação de um
tornado;
Avisar, alertar sobre as condições climáticas, a
possibilidade de vendaval e orientar sobre os cuidados a serem tomados pela
população.
2 - O que eu posso fazer antes da ocorrência do tornado?
No Brasil, os centros de meteorologia ainda não contam com
tecnologias necessárias para alertar sobre a formação de tornados. O que órgãos
de meteorologia no País podem fazer é alertar com auxilio de radares
meteorológicos e com algumas horas de antecedência (previsão de curtíssimo
prazo), sobre a formação de intensas células convectivas e nuvens de
tempestades severas (responsáveis por provocar chuva muito forte, raios,
granizo e vento forte) em uma dada região.
Já nos Estados Unidos que convive com estes tipos de
adversidades (tornados) em determinada época do ano, os centros
norte-americanos de meteorologia contam com tecnologia de ponta e uma grande
malha de radares de ultima geração tornando-se possível à previsão e o
acompanhamento da evolução desses tipos de sistemas. Inclusive podem-se
identificar as possíveis áreas atingidas que serão atingidas por um tornando,
emitindo assim alertas e alarmes as autoridades competentes e a população, com
uma antecedência de 15 a 30 minutos em média. É importante saber que antes da
chegada do tornado você tem um curto espaço de tempo para tomar decisões de
vida ou de morte. Então, procure antes da ocorrência do evento:
Revisar a resistência de sua casa, principalmente o
madeiramento de apoio do telhado;
Desligar os aparelhos elétricos e o gás;
Abaixar para o piso todos os objetos que possam cair;
Não se abrigar debaixo de árvores, pois há riscos de quedas;
Não se abrigar em frágeis coberturas metálicas;
Não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e
placas de propaganda, pois estas estarão sob influência de ventos fortes;
Evite a curiosidade e afaste-se do fenômeno altamente
destruidor.
3 - O que eu devo fazer para melhor me proteger de um
tornado?
A melhor proteção individual é constituída por abrigos
subterrâneos, como um porão, já que o efeito de sucção dos tornados só ocorre a
partir da superfície do solo. Se a sua residência não tem porão, fique em
corredor interno e deitado próximo ao chão.
Se você for surpreendido por um tornado, fora de casa, deve
deitar-se, em uma vala ou depressão do terreno.
Procure lugares seguros em sua residência ou sala de aula.
Tenha certeza que estes lugares estão longe de janelas e objetos móveis.
Proteja sua cabeça de objetos que podem cair ou se deslocar em função da ação
dos ventos.
4 - E depois da ocorrência do tornado o que posso fazer?
Evite o contato com cabos ou redes elétricas caídas. Avise a
Defesa Civil ou bombeiros sobre estes perigos;
Fique longe de edificações danificadas. Só volte para casa
quando as autoridades informarem que é seguro. Use lanterna para verificar os
danos causados a sua casa;
Deixe a residência ou edifício se sentir cheiro de gás de
cozinha;
Procure não utilizar serviços hospitalares, de comunicações,
a não ser que necessite realmente. Deixe estes serviços para os casos de
emergência;
Ajude as pessoas que requerem ajuda especial como crianças,
idosos e outras com dificuldade de locomoção;
Escute as rádios para informações e instruções.
OBRIGADO A TODOS QUE LERAM, SE GOSTAREM PODEM COMPARTILHAR.
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